Nos meus braços a sede e o cansaço a pele, o osso, a carne e o aço. Nos meus braços estão vagos espaços apenas as marcas de tudo que eu faço. Nos meus braços o chão e o passo assim de ponta cabeça no caminho escasso. Nos meus braços o infinito escasso de carícias e desejos da falta falta do seu abraço.
À minha frente o mundo transpira, dentro do mormaço calmo de maio. São oito e vinte e seis. Você parece satisfeita dentro do seu carro passeando por aí. Eu faço um pedido. Digo lentamente que te amo.
O corpo - chama que arde - treme. Sabe-se lá se você vê. Te procuro um instante. Te toco com meus dedos medrosos. Disfarço. De longe.