quarta-feira, 19 de maio de 2010

Poema em slow motion

À minha frente o mundo transpira, dentro do mormaço calmo de maio.
São oito e vinte e seis.
Você parece satisfeita dentro do seu carro passeando por aí.
Eu faço um pedido.
Digo lentamente que te amo.

O corpo - chama que arde - treme. Sabe-se lá se você vê.
Te procuro um instante.
Te toco com meus dedos medrosos.
Disfarço. De longe.


À minha frente o mundo transpira numa foto sua.

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